Promotor
Câmara Municipal do Porto
Breve Introdução
Sexta 11 MAIO 19H00
Teatro Campo Alegre - PORTO
JOCLÉCIO AZEVEDO
DOCUMENTÁRIO
Direção artística e coreografia Joclécio Azevedo Colaboração/cenografia Paulo Mendes Colaboração/música Pedro Tudela Intérpretação Ana Moreira, Dori Nigro, Joclécio Azevedo, Pedro Prazeres, Anda Isabel Castro, Rocio Dominguez Fotografia Susana Neves Filmagem e edição de vídeo Sofia Arriscado Figurinos Jordann Santos Desenho e operação de luz Miguel Carneiro Convidados para os workshops Daniel Ribas, Melissa Rodrigues, Olívia da Silva, Rita Castro Neves Produção executiva Sofia Reis Gestão Financeira Fadas e Elfos Associação Cultural Parcerias Fórum Dança, Circular Associação Cultural, Centro de Criação do Candoso/Centro Cultural Vila Flor, Centro de Creación del cuerpo y el movimento El Graner, Festival DDD Dias da Dança Coprodução Teatro Municipal do Porto Rivoli Campo Alegre Projeto financiado por República Portuguesa Cultura, DGArtes Direcção-Geral das artes Apoio Companhia Instável
Escrever, descrever e reescrever infinitas versões de cada acontecimento.
Documentário é uma peça coreográfica, para seis intérpretes, em torno de uma partitura caótica que reflete a tensão entre a necessidade e a impossibilidade de perceber o tempo presente. O mundo que pensamos conhecer desarticula-se em novas configurações do social, em novas estratégias de dominação política e económica. A realidade não é enquadrável nem transparente. Em certos casos, não se distingue dos regimes de ficção com os quais nos confrontamos diariamente. Pedaços do mundo manifestam-se no tráfico incontrolável de imagens que nos perseguem até mesmo nos sonhos. A aparente proximidade sugerida pelo acesso a novas tecnologias e formas de interação no mundo digital esconde a nossa incapacidade de lidar com o outro, objeto fetiche de uma fantasia permanente e de um medo difuso. Oscilamos entre a crença infundada e a desconfiança como princípio. As mesmas imagens repetem-se em diferentes suportes com diferentes protagonistas, num combate permanente pela atenção. A exclusão do outro manifesta-se pela normalização e pela colonização do imaginário coletivo, pela disseminação do equívoco, do engano e do preconceito. Então, a escrita torna-se combate, torna-se um incómodo e um exercício de poder. JA