Promotor
Câmara Municipal do Porto
Breve Introdução
Teatro
Sex 9 Jun / 21h30
Sáb 10 Jun / 19h00
PABLO FIDALGO LAREO (ES)
Daniel Faria
Coprodução
Quase ninguém nomeia a fé na arte ou no teatro contemporâneos. Esta é uma peça sobre a transcendência, sobre um homem que escolhe uma forma de vida extrema e dialoga com deus. Daniel Faria foi um poeta e monge português. Coleccionava pedras, gostava da luz das igrejas, do teatro, da literatura, da música, do cinema; gostava dos seus amigos com uma entrega quase obsessiva. Na sua poesia, Deus é uma experiência do corpo. Faleceu aos 28 anos de uma queda na sua cela no mosteiro beneditino de Singeverga. O assunto central da vida de Daniel Faria foi a partilha. A partilha da palavra, da amizade, da poesia e da fé. Mas também a partilha do teatro, onde encontrou uma linguagem única. Daniel escolheu ter uma vida apagada, mas a sua obra inteira é uma resposta à palavra de Deus, afirmou um companheiro do mosteiro de Singeverga. Não imaginas como brilhava quando atuava. Quando saia para a cena, transformava-se, disse ainda alguém. Nele, existia a necessidade de representar. E é a partir da representação que se entende a fé. Se ela está em algum lugar, está no rito e não na doutrina. A fé é uma forma de fazer e atuar, uma presença, uma atitude. Assim aparece este espetáculo onde os corpos se tornam o arquivo e a memória de gestos de fé, de diferentes formas de dançar, de diferentes formas de perguntar: aceitarás ser tocado? A vida apagada de Daniel Faria, acende-se.
Ficha Artística
Criação e texto: Pablo Fidalgo
Performers: Pablo Fidalgo e Tiago Gandra
Iluminação: Nuno Figueira e Pablo Fidalgo
Colaboração artíscica: Vítor Roriz
Assessoria artística: Gabino Rodríguez, Idoia Zabaleta
Apoio à criação e produção executiva: Amalia Area
Tradução: Inês Dias
Produção e difusão: Sofia Matos/Materiais Diversos
Coprodução: Teatro Municipal do Porto (Porto), Teatro Nacional D. Maria II (Lisboa), Centro Dramático Galego (Galiza)
Com o apoio de: Teatro Municipal do Porto(Porto), Azala (Álava), Câmara Municipal de Lisboa e Polo Cultural Gaivotas, Largo Residências (Lisboa)