Promotor
Câmara Municipal do Porto
Breve Introdução
EMANUEL DE SOUSA / PONTO TEATRO
GH
Estreia / Coprodução
“Porque não és frio, nem quente, porque és morno, eu te vomitarei da minha boca.” G.H., acrónimo de um qualquer ser humano em todas as suas mutações mas também, simples abreviação para ‘Género Humano’, devora o próprio ser como linguagem, na impossibilidade de narrar a posteriori a própria impotência de descrever um evento passado, presente, futuro. As linguagens verbal e não-verbal são, ao mesmo tempo, o que afasta o ser de sua essência, mas, o que simultaneamente constitui a chave para atingi-la, o instrumento possível para se tocar o intocável, para se atingir o segredo e desenterrar o melhor e o pior de nossa condição humana, que já não é nem mais humana. A investigação sobre a (i)materialidade do corpo, as noções de identidade e violência do género e o cruzamento dos imaginários de Clarice Lispector, Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir, Giorgio Agamben, Judith Butler, Paul B. Preciado, entre outros, permite materializar, em última instância, a premissa de Bernard Berenson: ‘uma vida plena pode ser aquela que alcance uma identificação tão completa com o não-eu que não haja mais um eu para morrer’.
Ficha Artística
Dramaturgia, Encenação, Dispositivo cénico: Emanuel de Sousa
Banda Sonora Original: João Dorminsky
Desenho de Luz: João Teixeira e Emanuel de Sousa
Desenho de Vídeo e Vídeo em Tempo Real: Emanuel de Sousa
Assistência de Movimento: André Mendes
Figurinos e Adereços: Patrícia Sousa
Interpretação: Daniela Gonçalves
Assistência de Produção: Rita Vieira
Coprodução: Ponto Teatro, Teatro Municipal do Porto
Apoios: O Espaço do Tempo, Companhia Instável
Duração aprox.: 1h30